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O BLOG DO CONCELHO DE ALCANENA

10/04/08

Tornado em Alcanena


Mau tempo provoca destruição em Santarém
Pequeno tornado varreu 15 quilómetros, acompanhado de chuva, granizo e trovoada
O mau tempo atingiu hoje de manhã várias zonas do país. A região de Santarém foi uma das mais afectadas, com um mini-tornado que provocou prejuízos avultados e sete feridos ligeiros.




Ao que tudo indica, o pequeno tornado terá começado pelas 9h00 em Amiais de Baixo e varreu em linha recta uma área de 10 a 15 quilómetros até quase Torres Novas.

Os meteorologistas consideram que as actuais condições atmosféricas, que vão manter-se até quinta-feira de manhã, são as que mais facilitam a ocorrência de mini-tornados, como o de hoje.

Os ventos fortes vieram acompanhados de muita chuva, queda de granizo e trovoada. Em poucos minutos o cenário era de destruição.

Em Amiais de Baixo o vento arrancou literalmente telhados e coberturas de três fábricas. Os danos são muito avultados nos próprios edifícios e nas zonas envolventes.

Outra fábrica, em Olhos de Água, no concelho de Alcanena ficou completamente destruída. A serração estava situada junto à nascente do Alviela.

Também muitas casas e árvores não resistiram à força das rajadas e várias estradas ficaram cortadas ou parcialmente afectadas, sendo difícil transitar entre algumas localidades.

A aldeia de Canal, concelho de Santarém, demorou mais de uma hora a ser assistida pelos bombeiros depois do mau tempo. A cobertura de uma sucateira voou centenas de metros e passeou-se sobre as casas, destruindo telhados. O trabalho principal dos bombeiros foi cortar com maçarico os destroços que, em alguns casos, ficaram espetados nas paredes das casas.

Dos sete feridos ligeiros, três foram transportados para o hospital de Santarém e os restantes foram assistidos no local pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e pelos bombeiros voluntários. As vítimas receberam tratamento a ferimentos que não inspiram cuidados.
In "Sic Notícias"



Santarém, 09 Abr (Lusa) - Uma serração praticamente destruída, um cenário "desolador" nos Olhos d`Água, junto à nascente do Alviela, empresas e casas afectadas, com prejuízos difíceis de calcular, são os efeitos da intempérie de hoje no concelho de Alcanena.

Luís Azevedo, presidente da Câmara Municipal de Alcanena, disse à agência Lusa que a empresa de madeira que se situa junto a Amiais de Baixo, a freguesia do concelho de Santarém onde se iniciou o que chama de "alteração climática inexplicável", ficou praticamente destruída.
Segundo disse, o telhado da empresa foi literalmente arrancado e projectado "a grande distância" e as paredes "estão em vias de ruir".

Os "sete ou oito" carros dos trabalhadores que estavam estacionados no parque da empresa ficaram "todos com os vidros partidos", e os equipamentos e a madeira que estavam no interior da unidade, incluindo material pronto a entregar a clientes, foi seriamente danificado.

"O que não se estragou com o que foi projectado pelo vento, está a ser estragado pela chuva, que continua a cair de vez em quando com fortes bátegas, uma vez que deixou de haver telhado", afirmou.
Segundo disse, só nesta empresa trabalham "15 a 20 pessoas".

Luís Azevedo lamentou a destruição provocada num investimento muito acarinhado pela autarquia, a praia fluvial dos Olhos d`Água, afirmando que as estruturas de apoio foram destelhadas e as árvores, plantadas há anos, foram arrancadas.

Embora o edifício onde se encontra o Centro de Ciência Viva Carsoscópio tenha sido poupado, o mesmo não aconteceu com uma das torres de tratamento de água pertencente à EPAL, que se viu obrigada a suspender o abastecimento que ainda faz a partir daquele local para alguns concelhos, entre os quais parte de Alcanena, disse.
"Também a zona verde da EPAL, preservada com tanta qualidade, foi destruída", afirmou.

Na direcção a Alcanena, os fortes ventos acompanhados por chuva intensa deitaram abaixo um barracão abandonado, arrancaram o telhado a uma oficina de pneus e destelharam e afectaram as paredes de uma metalo-mecânica.

Em S. Pedro, voaram telhas de algumas habitações e na sede do concelho, Alcanena, o cedro em frente à Câmara Municipal foi "arrancado pela raiz" e as clarabóias do jardim-de-infância do Centro de Bem Estar Social foram danificadas.

Segundo Luís Azevedo, os serviços da autarquia estão a ajudar nas reparações das habitações, tendo as empresas de analisar as suas situações com as seguradoras.
No caso da empresa de madeiras, vai ser contactado o Governo Civil no sentido de se procurar dar algum apoio, uma vez que "só o barracão custará mais de um milhão de euros, fora os equipamentos, as madeiras e o material que já estava pronto para entrega, nomeadamente uma encomenda de portas para o Algarve", disse.

No concelho de Torres Novas, a intempérie atingiu as localidades de Zibreira e Ribeira Branca, tendo "levantado muitas telhas em moradias", disse à Lusa o responsável pela Protecção Civil.
Francisco Paiva disse que o relógio da torre da Ribeira Branca ficou sem mostrador e que caíram diversas árvores, tendo pelo menos duas viaturas ficado com os vidros partidos, uma por ter sido atingida por um contentor do lixo e outra por telhas.

Os serviços da autarquia e os bombeiros estão igualmente no local a prestar apoio às populações, adiantou.

MLL. Lusa/Fim - In "RTP Notícias"

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