JORNAL "O PÚBLICO
Descarga poluente mata milhares de peixes no Alviela
Uma descarga poluente detectada ontem na freguesia de Vaqueiros, Santarém, matou milhares de peixes no rio Alviela. A autarquia acusa a estação de tratamento de águas residuais (Etar) de Alcanena de estar na origem da poluição.

Ao início da tarde de ontem, centenas de peixes começaram a aparecer com sinais de falta de oxigénio, contou Firmino Oliveira, presidente da Junta de Freguesia de Vaqueiros. "É um inferno assistir a este agonizar dos peixes", afirmou.
Poucas horas depois de detectada, a água de cor turva abrangia vários quilómetros, disse Firmino Oliveira, citado pelo “Jornal de Notícias”.
No local estiveram dois elementos do Sepna, o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR.
A fonte poluidora ainda não foi identificada. Mas Firmino Oliveira aponta culpas à Etar de Alcanena, uma vez que “não há pecuárias a montante da freguesia e o forte cheiro que se sente é a crómio”.
O presidente da Câmara Municipal de Alcanena, Luís Azevedo, garantiu ao jornal que ontem a Etar não teve problemas de funcionamento.
Firmino Oliveira lamentou, ao "Diário de Notícias", que apenas a GNR tenha comparecido no local e sem meios para uma intervenção imediata que permitisse identificar os autores do crime ambiental. "A GNR não dispõe dos equipamentos que permitam fazer recolha de amostras de água e de peixe para análises e o Ministério do Ambiente não compareceu no local o dia inteiro", disse ao "Diário de Notícias".
A bacia do rio Alviela é partilhada pelos concelhos de Porto de Mós, Santarém, Alcanena, Torres Novas e Golegã e todos estes concelhos contribuem para afectar a qualidade da água do Rio, com cargas poluidoras diferentes, defende a Câmara Municipal de Santarém.
Mas a poluição mais frequente do rio Alviela é causada pela indústria dos curtumes em Alcanena e pelas suiniculturas, boviniculturas e aviários, de acordo com o "Estudo para a Recuperação do Ecossistema do Rio Alviela", lançado em Agosto pelo presidente da Câmara Municipal de Santarém.
09.09.2008 - 11h25 Lusa, PÚBLICO

JORNAL "EXPRESSO"
Descarga mata "milhares de peixes" no Alviela
O presidente da Junta de Freguesia de Vaqueiros (Santarém), Firmino Oliveira, denuncia que a descarga que está a matar "milhares de peixes" no Alviela é a maior desde Outubro de 2003.
Firmino Oliveira acusa os responsáveis pela recolha de análises e pela minimização dos efeitos desta contaminação de "negligência" e lamenta que as associações de defesa do ambiente, "sempre prontas a falar na comunicação social", ignorem por completo o drama do Alviela.
Segundo o autarca, apesar de terem passado 24 horas sobre a denúncia da situação junto a Vaqueiros (a montante, o problema começou a sentir-se mais cedo), até ao momento a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) não fez ainda qualquer recolha para análise.
No entanto, fonte da CCDR-LVT disse à Lusa que a colheita foi feita às 9h30 de hoje e que o resultado levará alguns dias a ser conhecido. Firmino Oliveira contrapõe: a colheita, "se foi feita", não foi na zona de maior concentração, junto ao "mouseiro" (antigos moinhos), "nem disso foi dado conhecimento" aos responsáveis autárquicos.
A mesma fonte da CCDR-LVT adiantou que esta entidade fez um acordo com a Câmara Municipal de Santarém, que se responsabilizou pela recolha do peixe morto.
Mas, para Firmino Oliveira, a Câmara Municipal de Santarém não tem os meios necessários para a retirada do peixe morto, insistindo que o peixe espalhado por uma extensão de cinco quilómetros tem que ser retirado com a ajuda de barcos.
Firmino Oliveira afirma que há já peixes em putrefacção, o que representa "um perigo para a saúde pública", criticando o facto de nada estar a ser feito nem para salvar os peixes que ainda lutam desesperadamente à procura de oxigénio nem para retirar do leito do rio "os milhares já mortos".
"Sentimo-nos abandonados", alerta, afirmando que os peixes mortos se espalham já por uma extensão de cinco quilómetros do rio, que apresenta uma cor escura e espuma castanha. "É um crime ecológico de grande envergadura" num rio que se regenerou nos últimos cinco anos, depois da grande descarga de Outubro de 2003, e que agora volta a ficar "envenenado".
O autarca, que está no terreno com populares a recolher algum do peixe morto, tem responsabilizado a estação de tratamento de águas residuais de Alcanena (que trata os efluentes das fábricas de curtumes) pelas descargas que "envenenam o rio".
Terça-feira, 9 de Set de 2008 - EXPRESSO
Descarga mata "milhares de peixes" no Alviela
O presidente da Junta de Freguesia de Vaqueiros (Santarém), Firmino Oliveira, denuncia que a descarga que está a matar "milhares de peixes" no Alviela é a maior desde Outubro de 2003.
Firmino Oliveira acusa os responsáveis pela recolha de análises e pela minimização dos efeitos desta contaminação de "negligência" e lamenta que as associações de defesa do ambiente, "sempre prontas a falar na comunicação social", ignorem por completo o drama do Alviela.
Segundo o autarca, apesar de terem passado 24 horas sobre a denúncia da situação junto a Vaqueiros (a montante, o problema começou a sentir-se mais cedo), até ao momento a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) não fez ainda qualquer recolha para análise.
No entanto, fonte da CCDR-LVT disse à Lusa que a colheita foi feita às 9h30 de hoje e que o resultado levará alguns dias a ser conhecido. Firmino Oliveira contrapõe: a colheita, "se foi feita", não foi na zona de maior concentração, junto ao "mouseiro" (antigos moinhos), "nem disso foi dado conhecimento" aos responsáveis autárquicos.
A mesma fonte da CCDR-LVT adiantou que esta entidade fez um acordo com a Câmara Municipal de Santarém, que se responsabilizou pela recolha do peixe morto.

Firmino Oliveira afirma que há já peixes em putrefacção, o que representa "um perigo para a saúde pública", criticando o facto de nada estar a ser feito nem para salvar os peixes que ainda lutam desesperadamente à procura de oxigénio nem para retirar do leito do rio "os milhares já mortos".
"Sentimo-nos abandonados", alerta, afirmando que os peixes mortos se espalham já por uma extensão de cinco quilómetros do rio, que apresenta uma cor escura e espuma castanha. "É um crime ecológico de grande envergadura" num rio que se regenerou nos últimos cinco anos, depois da grande descarga de Outubro de 2003, e que agora volta a ficar "envenenado".
O autarca, que está no terreno com populares a recolher algum do peixe morto, tem responsabilizado a estação de tratamento de águas residuais de Alcanena (que trata os efluentes das fábricas de curtumes) pelas descargas que "envenenam o rio".
Terça-feira, 9 de Set de 2008 - EXPRESSO

COMENTÁRIO E COMENTÁRIOS
A notícia tem corrido na comunicação-social e basta ler alguns comentários na página do PÚBLICO para ficarmos de boca aberta. Isto é um atentado e uma calaminade que se passa nas nossas barbas todos os dias, e já lá vão uns anos, e os responsáveis ficam impunes e passam a vida a assobiar para o lado.
Organizam festivais, inauguram carsoscópios, botam discursos, gastam milhões em projectos, mas a porcaria continua a mesma. De quem é a culpa?? Somos uma geração de tretas, num país de faz-de-conta.
Do site PÚBLICO.PT transcrevo alguns comentários:
............................... Ler Mais no blog "ALCANENA-ONLINE"
Sem comentários:
Enviar um comentário